Qual é o maior fator de risco para o jovem do Brasil?

1 de outubro de 2012

Dificuldades em tirar dúvidas

 Por Jonice Martini
(Imagem: Paula Lobo)
“Gostaria de orientação, pois meu filho tem dificuldades em tirar dúvidas com a professora. Ele diz que tem vergonha dos demais alunos. Como faço para ajudá-lo nessas condições? "    (AM)

Quando nos deparamos com alunos tímidos, precisamos achar um modo de ajudá-lo.  É necessário entender o porquê dessa “vergonha” de se expor em público durante a aula.  Se for um aluno do ensino fundamental I (até 5º ano), é mais fácil de trabalhar essa dificuldade, pois a mãe pode pedir para que a professora da classe faça um trabalho individual com essa criança, incentivando-a a falar e conscientizando a sala, a respeitarem o coleguinha quando estiver dando sua opinião ou tirando dúvidas.  Muitas vezes a professora não percebe que o aluno nunca faz perguntas por vergonha, a não ser que a mãe leve essa informação para a mesma.  Uma outra situação que devemos atentar é quando o aluno apresenta algum problema fonoaudiológico e por isso se sente envergonhado de participar, quando é esse o caso, faz-se necessário encaminhá-lo para um profissional da área para terapia.

Caso seja um aluno do ensino fundamental II ou ensino médio, a mãe pode solicitar à coordenadora ou orientadora educacional do colégio que ajude e encoraje este aluno, e que faça uma entrevista com o mesmo para saber os motivos que o fazem ter vergonha de falar em sala.  Verificar se ele já passou por alguma situação constrangedora, se tem dificuldade de relacionamento com algum professor (ou medo) e se esse medo persiste em todas as matérias ou é em alguma matéria especificamente. Após fazer este levantamento, a coordenadora ou orientadora educacional deve, junto com os professores, criar estratégias para ajudar este aluno.

Certa vez um professor de Língua Portuguesa encontrou uma forma bem simples de ajudar seus alunos que tinham dúvidas, mas tinham vergonha de perguntar durante a aula. Ele criou uma caixa dúvidas (pode ser uma caixa de sapato decorada ou outra). Ao final de cada aula, os alunos colocavam bilhetinhos (com seus nomes) dizendo o que não entenderam na aula, ou outras dúvidas pertinentes à matéria. Na aula seguinte, o professor, sem citar o nome dos alunos, tirava 15 minutos iniciais da aula para esclarecer as questões que havia lido nos bilhetes.  Os alunos podiam colocar quantos bilhetes quisessem. Foi uma ideia simples que apresentou resultado.

Existem outras estratégias que podem ajudar, mas a mãe deve procurar a escola (na pessoa da professora, coordenadora ou orientadora educacional) e expor a dificuldade do aluno para que família e escola trabalhem juntas, incentivando esse aluno a progredir, valorizando cada conquista dele.



* Jonice Martini é pedagoga, psicopedagoga e especialista em Educação Especial.

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